Mitos sobre o coronavírus que não são verdade

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Mitos sobre o coronavírus que não são verdade

Não é mentira que os vírus sofrem mutações constantes com o avanço do tempo. Entra aqui o conceito darwiniano de “sobrevivência do mais forte”. A mutação do vírus mais resistente será aquela que se propagar mais rápido. No entanto, isto não garante que o vírus se torne mais perigoso ou mortal, porque a verdade é que os estudos mostram que os vírus mais mortais (como o SARS, por exemplo) não se propagam tão facilmente.

Ainda assim, amostras na China mostraram duas estirpes deste Covid-19, uma mais perigosa e uma menos. A versão mais comum (a L) é mais recente do que a S, mas também aquela que infetou mais pessoas (cerca de 70% dos casos testados).

O coronavírus é igual a uma gripe comum?

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, comparou o aparecimento do novo subtipo de coronavírus, o Covid-19, ao surto de uma  gripe comum, referindo que a Direção-Geral de Saúde estaria a trabalhar com um cenário idêntico ao que existiu em 2009, quando surgiu a gripe A – também conhecida de Influenza A/H1N1. A pandemia demorou menos de um mês a chegar a Portugal e fez 122 mortes no país, com 166.922 casos registados até agosto de 2010 – altura em que foi declarado o fim da pandemia.

Os dados dizem, no entanto, que o novo tipo de coronavírus não só é uma doença que se propaga com mais rapidez que a gripe comum ou a gripe A, como também é um vírus mais letal.

Um novo estudo mostra que o vírus se pode transmitir até três vezes mais rápido do que uma gripe comum e que tem uma mortalidade 26 vezes maiores do que esta.

Só os idosos é que são contaminados pelo coronavírus?

A verdade é que o Covid-19 afeta principalmente pessoas mais velhas, sendo raros os casos de crianças infetadas e ainda menos o de crianças com sintomas graves. No entanto, isso não impede o vírus de poder afetar qualquer pessoa, independentemente de idade ou sexo.

Os dados mostram que a taxa de morte dos infetados pelo coronavírus aumenta exponencialmente a partir dos 80 anos, mas a verdade é que já houve mortos com menos de 20 anos, apesar de terem sido poucos. Não há, até ao momento, indícios de crianças com menos de dez anos que tenham morrido na sequência desta infeção. No entanto, os bebés também são vulneráveis ao Covid-19. Ainda este sábado um bebé de um ano na Bélgica foi infetado.

As máscaras não funcionam

As organziações mundiais e locais de saúde têm referido inúmeras medidas para minimizar os riscos de ficar contagiado, como lavar as mãos, evitar eventos sociais muito concorridos ou, se possível, trabalhar à distância. No entanto, nenhuma destas medidas é garantia certa de que não ficará infetado. O mesmo acontece com as utilização de máscaras para a cara. Nada garante que não fique infetado já que os vírus podem introduzir-se no organismo através dos olhos e há até partículas que conseguem “penetrar” pelas máscaras. No entanto, usar as mesmas pode ajudar a reduzir a possibilidade de ser infetado.

Os cientistas não estão certos sobre qual a efetividade destes dispositivos, mas alguns avançam que protegem cinco vezes mais do que não usar nada, embora outros digam que a defesa não é assim tão elevada.

Mas as máscaras não servem apenas para impedir a nossa infeção. Podem servir também para não transmitir o vírus a quem está à sua volta. É por isso que estes utensílios são essenciais para pessoal médico ou para cuidadores. No caso de ter um paciente infetado em casa, assegure-se que ambos usam máscaras para impedir a transmissão.

O vírus só se transmite de pessoa para pessoa

Esta afirmação é incorreta. Há relatos médicos de que a infeção pode ser passada de outras formas. Caso, por exemplo, toque numa superfície infetada com os dedos e depois tocar com esses mesmos dedos na cara, sem antes os desinfetar, pode vir a ficar contaminado, apesar de a possibilidade ser muito menor.

É por isso muito importante que lave bem as mãos e as desinfete regularmente durante o dia, evitando também espirros para o ar. Tem sido recomendado que se espirre para a dobra interna do cotovelo, como mostra a imagem abaixo.